quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Dilma ganhou, a esquerda perdeu. O que o ABC pode esperar deste novo mandato presidencial

por Carlos A.B. Balladas

Antecipo aqui o texto que serve de editorial da edição de fevereiro da revista Dia Melhor, cuja circulação tem início no próximo sábado. Não deixe de ler, a matéria de capa - O que esperar do ministério de Dilma - está imperdível. 


A esquerda brasileira perdeu representatividade política no Brasil nas eleições últimas. Esta constatação deixa muitos militantes dos partidos das diversas ideologias de tendências socialistas atônitos.  O golpe militar de 1964 tentou arrasar a esquerda no Brasil por meio de prisões, torturas, assassinatos e extradições; agora, foram as urnas que a coloca num patamar inferior.


A queda pode ser explicada principalmente pelos casos de corrupção envolvendo muitos elementos dos partidos que se encontravam, e se encontram no poder. Outra contribuição foi a  de veículos de imprensa, que cresceram sob as benesses da ditadura e de governos anteriores, por colocarem suas cornetas no último volume para divulgarem tais assuntos e, por outro lado, desavergonhadamente, esconderem ou suprimirem aqueles que envolvem pessoas e políticos do campo oposto.

A causa principal, entretanto, parece ser outra. Depois de 2003, a esquerda brasileira não soube conduzir um verdadeiro processo de reformas necessárias para colocar o Brasil e seu povo prontos para desenvolverem todas as suas potencialidades e, assim, colocar o País no rol dos desenvolvidos.

A par do avanço auferido pela implantação dos programas sociais e do aumento do número de vagas gratuitas em universidades, outras importantes medidas nos campos politico, econômico e institucional ficaram perdidas nos escaninhos do governo e do Congresso e na memória dos poucos genuínos progressistas.

Os movimentos nas ruas em 2013, apesar das demandas difusas, clamavam, em síntese, por reformas.
Mesmo diante deste quadro, Dilma foi vencedora num pleito democrático. Por outro lado, o seu poder será dividido com grupos formais e informais do Congresso. O seu ministério expressa esta realidade.

A reportagem da Dia Melhor foi ouvir governantes, acadêmicos e políticos  em busca de respostas às indagações dos nossos leitores, em sua maioria moradores e trabalhadores do ABC.
O caderno Negócios em Movimento, parte integrante desta edição, como sempre apresenta o maior volume de matérias sobre panorama empresarial da região do ABC.

Boa leitura.






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