quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Bisneto do senador Flaquer disputa vaga no Legislativo andreense

Por Vivian Silva

O candidato Alexandre Flaquer, 34 anos, disputa uma cadeira na Câmara Municipal de Santo André, pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB).  Natural de São Caetano do Sul, o bisneto do ex-senador José Luiz Flaquer (1854 – 1924) herdou a paixão pela política e pelo município e, assim, tenta – pela segunda vez – se eleger como vereador na cidade.

Nos últimos dias, o postulante e empresário tem intensificado a andança pela cidade, para ouvir as reinvindicações da população e apresentar também propostas de um possível mandato.

Em entrevista exclusiva ao Ponto Final, Flaquer ressalta a necessidade de saneamento básico em comunidades de Santo André, além de contar quais são as bandeiras de sua campanha e projetos. 


Flaquer apoia o candidato a prefeito Aidan Ravin | Foto: Divulgação  
Ponto Final: O que ou quem te motivou a sair como candidato a vereador em Santo André?
Alexandre Flaquer: Eu estava com o meu pai e minha família na (Rua) Senador Flaquer, inclusive, estava chovendo e muito frio, e tinha um cara comendo macarrão com a mão. Eu lembro como se fosse hoje, eu devia ter uns sete ou dez anos no máximo. Eu falei para o meu pai: por que ele está assim? Eu dentro do carro, o cara morador de rua naquela situação, e ele falou: ‘por causa dos políticos do Brasil’. E aquilo me marcou de um jeito, que eu gravei até hoje. Eu quero sair candidato pelo que eu vi naquela situação, me marcou, foi meio que um trauma, foi triste. 

PF: Naquela época o senhor já tinha consciência da história política do seu bisavô? 
AF: Já sabia. A história dele é legal, é bacana, mas seu eu fosse Alexandre da Silva seria candidato do mesmo jeito. 

PF: O senhor já disputou outras eleições como candidato a vereador (2008) e prefeito (2012). Neste ano, o que tem feito de diferente das demais campanhas eleitorais para obter vitória nas urnas?
AF: Eu perdi a campanha em 2012 e sai agradecendo todo mundo, ‘mas eu não votei em você’, mas obrigado, se você precisar de alguma coisa a gente está junto, agradeci todo mundo, não parei de trabalhar, eu estou desde a campanha de 2008 trabalhando, focado nesta campanha aqui. Eu sabia que eu ia perder para prefeito, eu não tinha dúvida.  

PF: Isso foi uma estratégia para ser conhecido?
AF: Isso, de poder lançar meu nome, não só o sobrenome Flaquer, mas o Alexandre Flaquer. 

PF? Atualmente, como o senhor analisa Santo André?
AF: Está horrível. Eu fui na segunda-feira (22) na Represa (Parque Represa Billings), porque eu comecei a visitar as comunidades, a partir da Represa para cá (Centro), então, conversei com todas as comunidades, sem exceção. Eu fui visitar um lugar que é ocupado, chamado Fazendinha, é impressionante a pobreza. Na casa de um dos moradores - que é um barraco - sobe mais de um metro de esgoto. É uma pobreza que, seu eu fosse vereador hoje, eu teria vergonha de ir lá. Nem cachorro tem condição de morar nos locais que eu vi. E o pessoal não pede nada, além de saneamento básico, um pouquinho mais de segurança, iluminação melhor. É uma pobreza extrema, de cortar o coração.

Eu como vereador, eu não posso falar que eu vou construir hospital, mas eu posso falar que eu vou melhorar o que tem, porque hoje ninguém fiscaliza, não tem um vereador que sai e vai ao Hospital Municipal para ver como estão as coisas. Eu falei para o povo, eu posso ajudar vocês a encontrarem um caminho para isso. 

Está acabando a água. Neste mesmo lugar na represa, eles ficam seis dias por semana sem água... (Tantos problemas) e fazem uma ciclofaixa de R$ 190 mil o quilômetro. 

PF: Qual a principal bandeira da sua campanha?
AF: A Saúde com certeza. Eu já trabalhei na época do Dr. Aidan no Hospital Municipal. Eu fui diretor de lá, durante dois anos, se não me engano de 2009 a 2011. O que eu fazia? Eu não sou esquerda, direita, centro... Eu nunca fui da área da Saúde, então, eu não posso chegar na gerente e falar o que ela tem que fazer, se ela está lá há 20 anos, aí chamei cada coordenador de cada área e falei: o que precisa? Listei tudo e doutor (Ainda) está aqui. Ele não fez tudo, mas fez quase metade do que eu coloquei e começou a funcionar. 

Só que tudo que acontece em Santo André, se o cara quebra a perna lá no Capuava, por exemplo, ele vai cair lá no Hospital Municipal, só tem um (hospital) de trauma. Aí começou a cair tudo lá e não tinha vaga para UTI, para leito normal, acabou. Aí eu comecei a ligar para Mauá, que era PT, eu não ligo se é PT, PCdoB, eu não esquento a cabeça, uma coisa que eu tenho comigo é: o PT é só uma sigla, é ruim por causa das pessoas que coordenam esta sigla. É que nem política, não adianta você criticar a política, você tem que criticar o político que errou. Aí eu comecei a transferir os caras para Mauá, pelo amor de Deus me arruma uma vaga e transferia, aí tinha um secretário na época que não gostou da história, e eu acabei saindo de lá.  

PF: Se eleito, em quais áreas o senhor pretende promover ações e debates, que possam gerar políticas públicas no município?
AF: Primeira coisa: Saúde. É essencial. Creche, a gente não tem creche, tem que colocar para o Executivo que tem que fazer creche, pois não tem vaga. E outras duas coisas que são meus sonhos, eu já faço em menor escala. Hospital Público Veterinário e a Creche do Idoso são dois projetos que eu acho que tem que sair. 

A Creche do Idoso é simples, um lugar onde a pessoa vai sair para trabalhar de manhã e deixa o pai, ou a mãe - quem for o idoso - na Creche do Idoso, e durante o dia essa creche vai ter recreações, fisioterapias, passeios, sei lá, curso de pintura para entreter o idoso. 

PF: Então, a Creche do Idoso é um dos primeiros projetos que o senhor pretende propor na Câmara, se eleito?
AF: Sim, é um dos primeiros projetos. 

PF: Em sua opinião, como o atual ambiente político nacional e estadual afetará as eleições municipais?
AF: O pessoal está desacreditado. O pessoal não quer mais saber de nada. ‘Eu não vou votar’. Aí você começa a conversar, conversar... Meu projeto é esse... E tenta reverter esta visão.

Obs.: Espaço aberto a todos os candidatos aos cargos eletivos de 2016. Interessados em apresentar suas ideias e propostas aos leitores do Ponto Final escrevam para redacao@pfinal.com.br. 






terça-feira, 30 de agosto de 2016

Alckmin anuncia subsídio para famílias de baixa renda adquirirem terrenos para a construção de casas

Da Redação

O governador Geraldo Alckmin lançou ontem (29) o programa de Lotes Urbanizados, que oferecerá subsídio para famílias com renda de até cinco salários mínimos - R$ 5 mil - comprarem 12 mil terrenos prontos para a construção de casas. Além disso, foram anunciados modelos inéditos de crédito imobiliário, para que mais famílias de baixa renda realizem o sonho da casa própria, e medidas para criar condições mais propícias para a retomada do crescimento do setor imobiliário e para a geração de empregos na área. Os lançamentos do Morar Bem, Viver Melhor foram feitos durante a abertura da Convenção Secovi 2016, na sede da entidade, na Vila Mariana, zona sul da capital. 

“As medidas ajudam a aquecer o mercado e este é um setor que gera muito emprego. O Brasil vai poder, de maneira mais rápida, recuperar o emprego através da construção civil”, disse o governador durante o anúncio. 

O programa de Lotes Urbanizados irá convocar empresas loteadoras que queiram inscrever no programa seus lotes com infraestrutura básica, licenciados ou registrados. Os lotes serão de R$ 25 mil, R$ 30 mil e R$ 35 mil e terão subsídio de até 90% para as famílias com renda de um salário mínimo. Desta forma, os beneficiados poderão construir suas casas com recursos próprios ou de financiamento. Esse programa de apoio ao crédito individual será viabilizado por meio da CDHU - que será o agente técnico, operacional e financeiro -, com investimento previsto de R$ 300 milhões. 

Anúncio foi feito ontem (29) | Foto: Luis Blanco 
Além disso, o Morar Bem, Viver Melhor irá realizar o Feirão do Servidor Público e de beneficiários do auxílio-moradia. Esse evento de apoio ao crédito habitacional irá promover a compra de 2 mil imóveis novos por funcionários públicos estaduais, com renda familiar de até R$ 5.280, e pelos 13 mil beneficiários do auxílio-moradia - que recebem até R$ 400 por mês. Serão oferecidos certificados de subsídio individual (cheque moradia) de R$ 5 mil a R$ 40 mil e com condições especiais de compra. O investimento previsto é de R$ 50 milhões. Os limites de preços dos imóveis variam de R$ 200 mil, na capital, até R$ 90 mil, em cidades com menos de 20 mil habitantes, aberto também para empreendimentos da faixa 1,5 do Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal - novo programa para imóveis de até R$ 135 mil. 

O evento será realizado nos dias 5 e 6 de novembro, no Ginásio do Ibirapuera. As incorporadoras irão oferecer até 10% de desconto no valor dos imóveis, além de custear toda a documentação necessária - que pode chegar a R$ 5 mil -, com Registro do Imóvel e pagamento do ITBI. Será feito um cadastramento prévio dos interessados, para que possam se informar sobre o que será oferecido no Feirão, mas isso não impede a participação dos que não se cadastraram. O certificado de subsídio individual terá validade de 60 dias. O evento será realizado em parceria com a Abrainc, Secovi e Sinduscon. 

O secretário da Habitação, Rodrigo Garcia, anunciou também que será lançado um aplicativo que dará acesso a todos os lotes aprovados e os que estão em aprovação. O objetivo da novidade é ampliar a transparência nos processos de aprovação e oferecer uma base de dados para o setor planejar suas ações.



Criado em berço político, Bezerra almeja uma vaga na Câmara andreense

Por Vitor Lima

Willians Bezerra tem 32 anos, é casado, pai de três filhos e filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Como ele mesmo diz, o envolvimento com a política “vem de berço”: ele carrega na bagagem o convívio com Cícero Bezerra da Silva, seu pai, que durante muitos anos atuou no movimento sindical – ele chegou a ser presidente do Sindicato dos Rodoviários do ABC.

Neste ano, pela primeira vez Bezerra tenta uma vaga no legislativo andreense, onde pretende defender o esporte, a descentralização da cultura, melhorias no saneamento e na urbanização, além da ampliação da participação popular. Abaixo, confira a entrevista completa que o postulante à Câmara concedeu à nossa reportagem:

Entre os assuntos abordados na entrevista estão as principais bandeiras da candidatura, a importância do pai na sua formação, dependência química e a gestão de Carlos Grana | Foto: Divulgação

Ponto Final: O que te motivou a sair candidato a vereador? 
Willians Bezerra: O cenário eleitoral, as complicações todas que a gente vem vendo na televisão, os acontecimentos, me levaram a refletir: neste momento a gente precisava ter uma eleição mais pé no chão. Que a gente fosse pra rua, discutir os problemas da cidade, enfrentar as dificuldades de frente, para que a gente pudesse buscar soluções melhores para os problemas que a gente tem. Então eu imaginei que a melhor forma que eu tinha de fazer isso era me afastar da função que eu estava na Prefeitura e me colocar a disposição de um projeto político, de uma candidatura a vereador. Tenho o tempo a meu favor, 32 anos de idade, tenho uma bagagem que desde 2002 pra cá venho trabalhando diretamente com política pública, então me sinto preparado para ocupar esse cargo e decidi ir em busca dele.

PF: Durante o período que você ocupou o cargo de secretário-adjunto na Prefeitura você teve contato intenso com lideranças comunitárias. Quais eram as principais demandas apontadas por elas?
WB: Eu acredito que o legislativo cumpre um papel importante na sociedade. Mas, infelizmente, em alguns momentos o legislativo acaba afastando a população e eu acredito que a participação popular é uma ferramenta importante nas questões democráticas e participativas que a gente tem que juntar e escutar mais as pessoas na rua. Uma coisa é você ouvir uma demanda como secretário adjunto de governo da Prefeitura de Santo André outra coisa é você ir até a casa das pessoas, você ir até a comunidade, entender os problemas para buscar a melhor condição. Nada melhor do que você entender o problema para poder buscar a solução. E o objetivo da candidatura é um pouco isso. É diferente da condição que eu estava, eu atendia demandas de dentro da Prefeitura, de quem me procurava, que surgiam naquele momento. E agora, na batalha da candidatura e no mandato de vereador eu pretendo estar mais diretamente ligado ao povo buscando informações para poder buscar soluções para os problemas. Participação popular é uma bandeira importantíssima e a gente tem batalhado muito. Hoje são votados projeto de grande relevância de terça e quinta-feira na Câmara Municipal e pequena parcela da população fica sabendo disso. A população tem que entender o que está sendo votado na Câmara Municipal, a população tem que estar mais perto das decisões dos vereadores. Acho que a população tem que ocupar este espaço que é dela e a gente tem que achar formas e mecanismos para que eles acompanhem mais de perto a política. 

PF: E quais seriam esses mecanismos? 
WB: Além da Tecnologia da Informação que nós temos hoje a nosso favor, a gente tem que melhorar a forma que a Câmara Municipal se comunica com a população. Acho que a gente tem que buscar o diálogo na rua, não tem outra forma. As pessoas esqueceram um pouco isso, os vereadores ficam nos seus gabinetes e esquecem um pouco de ir à campo entender o que está acontecendo na cidade. Então a gente tem que tirar os vereadores de dentro da Câmara e fazer eles irem até os problemas para buscar a solução. 

PF: Quais serão as principais bandeiras defendidas pelo senhor em um possível mandato?
WB: A participação é uma delas, acho que ela é transversal, ela passa por vária outras linhas. A gente trata a questão do esporte com uma bandeira importantíssima. A gente tem movimentações de mais de 15 mil pessoas no futebol amador da cidade nos finais de semana, e a gente precisa toda essa força de vontade em política pública. Então através de um mandato a gente tem que impulsionar, promover um diálogo com o esporte na cidade, criando canais de comunicação mais direto com a população. Acredito muito na cultura como forma de inclusão. A descentralização da cultura, tirar um pouco a cultura do centro, a gente pode promover através de um mandato esse diálogo com movimentos de cultura da cidade. A busca incansável por mais saneamento e mais urbanização, eu acho que é uma bandeira que a gente tem que defender também. E a questão do comércio local. Então são alguns eixos. Eu teria vários para te dizer, mas acho que participação, a questão do esporte e da educação também. Apoiar o prefeito Carlos Grana na sua reeleição para que ele possa dar continuidade e construir mais creches, que já foram construídas nesta gestão, para diminuir o déficit de vagas. A gente encontra muito essas reclamações pela comunidade, então a gente tem que buscar essa questão também. E esse lance do candidato da cidade. A gente tem tirar essa ideia de candidato do bairro. A gente tem que ter um candidato que compreenda a cidade, que entenda a cidade como um todo e que dialogue políticas para a cidade. A gente escuta muito esse negócio de candidato do bairro. 'Candidato do bairro', 'candidato daquele coletivo' ou 'daquele grupo'. A gente tem que batalhar por um candidato da cidade, que tenha compreensão total do município para poder legislar da melhor forma. 

PF: Qual a importância da atuação sindical do seu pai na sua formação? 
WB: Meu pai foi dirigente sindical, iniciou na década de 70. Foi dirigente da CUT, dirigente do Sindicato os Rodoviários do ABC, foi presidente do sindicato até 1996. (O Contato com política) Vem de berço. A luta pela conquista de direitos pelos trabalhadores me impulsionou na política, me deu uma visão de justiça social que eu carrego desde a minha infância, então foi de berço mesmo. Fui estudar, porque obviamente eu tinha que me cuidar, terminar meus estudos e fui pra área de Tecnologia da Informação, eu sou programador de computador, minha área é a Tecnologia da Informação. A infância, com a questão da justiça social e de direitos no sindicato foi a minha formação ideológica de fato, foi ali que se deu.

"A população tem que estar mais perto das decisões dos vereadores", afirma | Foto: Divulgação
PF: Tenho a informação de que o senhor, anos atrás, sofreu com dependência química. Essa informação procede? Se sim, gostaria de saber se você pensa em formular algum projeto sobre o assunto.
WB: Acho que uma grande maioria passa por essa situação. Do abuso disso ou daquilo. Acho que é uma coisa que acontece, aconteceu comigo, realmente eu passei na minha pré-adolescência, adolescência, essa questão da dependência química. Estou tranquilo, já faz anos que isso aconteceu e hoje tenho uma experiência positiva neste sentido, de fortalecimento de vínculos com as famílias. A questão do esporte tem muito a ver com isso. Eu traço um caminho para tirar a molecada da vulnerabilidade, talvez por esse momento que eu passei na minha vida. Então, hoje dou apoio às entidades, procuro estar perto das entidades assistenciais que tenham esses cuidados com as famílias do dependente, também tem um trabalho aí que eu venho desenvolvendo. Então é uma bandeira que a gente defende também, com certeza. 

PF: O senhor participou da campanha do Grana e participou da gestão do Grana. Gostaria de saber como o senhor avalia a gestão do prefeito nesses quase quatro anos de mandato. 
WB: Positiva, muito positiva. Eu trabalho com o Grana desde 2009, ele ainda era presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos quando ele decidiu ser candidato a deputado em 2010. Então a nossa relação política vem de lá. Então aprendi a respeitar o Grana, ele é um grande articulador que desempenhou muito bem nos papéis, foi deputado estadual com uma votação expressiva, 127 mil votos, se tornou em 2012 nosso candidato a prefeito. Acho que foi uma batalha importante. Mal o conheciam na cidade, tinha 3% da intenção dos votos em 2011, em dezembro, e ganhamos no primeiro e reafirmamos nossa candidatura no segundo turno na eleição de 2012. A gente teve um papel importante, eu me sinto muito parte deste projeto e acho que a gente avançou bastante. O Grana foi um prefeito que fez muito com pouco. A cidade que a gente pegou, com os déficits orçamentários que enfrenta, e enfrentava já no começo da nossa gestão, o Grana vem tentando equilibrar, tentando corrigir falhas da gestão passada que infelizmente deixou a gente numa situação muito desconfortável. E essa crise toda, trazendo muitas dificuldades. A cada dez prefeituras, hoje, nove estão passando por crise financeira. Mas, (a gestão do Grana) eu avalio como positiva, existem várias coisas e vários caminhos que a gente avançou graças a boa articulação do Grana, o bom trato dele, então acho que Grana está de parabéns. 

PF: O senhor acha que o cenário político nacional influenciará nas eleições municipais? 
WB: Eu acho que todo esse cenário nacional acaba influenciando muito mais por pressão da mídia. As pessoas estão sentindo que a questão da movimentação lá em Brasília, e obviamente, muitas coisas ficam incertas, a insegurança acaba predominando nas pessoas. Mas está chegando próximo da eleição e as pessoas estão entendendo que é uma eleição municipal e que essa eleição tem a ver com a vida delas, tem a ver com a vida do bairro, tem a ver com a escola em que o filho estuda, tem a ver com sua relação no bairro. Então eu entendo que essa eleição, até alguns meses atrás, poderia ter formação diferente, mas agora as pessoas conscientizaram que elas têm que eleger o prefeito que vai cuidar, o vereador que vai estar próximo, que vai ser o articulador. Então as pessoas estão municipalizando a eleição como de fato eu acho que tem que ser. A gente vai pensar o cenário nacional em 2018, nas próximas eleições, porque agora nada que a gente disser vai resolver. É lá que está sendo votado, é lá que está tramitando esse processo, se vai ser aprovado ou não eu não sei, não tenho acompanhado com muita proximidade, até porque estou envolvido de fato aqui na eleição. Mas o que estou sentindo na rua é isso: caiu na cabeça das pessoas que a eleição é municipal, dia 2 de outubro elas vão eleger prefeito, eleger o vereador que vai cuidar e vai estar perto do bairro delas e da cidade delas, envolvido com as questões da cidade. Então eu fico feliz com a conscientização das pessoas. A Tecnologia da Informação vem 'pesado', as pessoas pesquisam, as pessoas estão questionadoras e eu acho que isso é bacana. Têm vereadores que estão há tanto tempo aí e não sabem mais o que andar nas ruas para colher a impressão dos moradores e eles vão se prejudicar, porque o povo está esperto, o povo está pesquisando e perguntando mesmo. 

PF: Considerações finais. 
WB: Eu acho que o legislativo andreense precisa de renovação. Um dos propósitos da nossa candidatura é exatamente juventude com a experiência. Então eu queria reforçar que essa renovação precisa acontecer. O cenário eleitoral, essa confusão toda que está acontecendo, ela proporciona essa possibilidade: as pessoas estudarem seus candidatos, entenderem a relação deles com a cidade e buscar a renovação de fato. 

Espaço aberto a todos os candidatos aos cargos eletivos de 2016. Interessados em apresentar suas ideias e propostas aos leitores do Ponto Final escrevam para redacao@pfinal.com.br. 



sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Manutenção da Eletropaulo interrompe abastecimento para andreenses

Da Redação

Amanhã (27), a AES Eletropaulo realiza manutenção na rede elétrica na região do Jardim Rina, em Santo André. Os trabalhos têm previsão de acontecer das 10h às 16h. Em função dos serviços da concessionária, haverá interrupção no fornecimento de água para os imóveis atendidos pelo reservatório Erasmo Assunção (Zona Alta). A expectativa do Semasa é que, após o término das intervenções da Eletropaulo, o abastecimento se normalize ao longo da madrugada.

Já no dia 30/8 (terça-feira), a concessionária de energia realizará manutenções nas áreas próximas ao reservatório Vila Suíça (zonas alta, altíssima e Mirante) e aos boosters do Sítio dos Vianas e Cruzado II. Para estes locais, a manutenção será das 9h30 às 15h e também afetará o fornecimento de água para os bairros atendidos por estes equipamentos. A expectativa do Semasa é que, após o final dos serviços, o abastecimento seja normalizado também ao longo da madrugada.

O reservatório Erasmo Assunção (Zona Alta) abastece os seguintes bairros: Parque Novo Oratório, Jardim Santo Alberto, Jardim Ana Maria, Jardim Itapoan, Pólo Petroquímico de Capuava, Parque Capuava, Jardim Rina e Parque Erasmo Assunção.

Já os bairros atendidos pelo reservatório Vila Suíça e pelos boosters são: Condomínio Maracanã, Parque dos Pássaros, Vila Suíça, Cruzado II e Sítio dos Vianas.


Alckmin entrega prêmio para entidade de São Bernardo do Campo

O governador Geraldo Alckmin entregou nesta última quinta-feira (25) os prêmios principais do sorteio de agosto da Nota Fiscal Paulista, durante evento no Palácio dos Bandeirantes. Na ocasião,  o governador e o secretário adjunto da Fazenda, Roberto Yamazaki, receberam os ganhadores para a entrega dos cheques simbólicos. O prêmio de R$ 500 mil saiu para a Sociedade Assistencial Bandeirantes, de São Bernardo do Campo, entidade filantrópica que administra o Hospital Bandeirantes. 

Alckmin entrega cheque simbólico ao diretor da Sociedade Assistencial Bandeirantes | Foto: Divulgação 
“Entregamos o maior prêmio (R$ 1 milhão) para a Associação Espírita Beneficente Lar do Idoso de Jundiaí. Isso vai possibilitar a eles melhorar o atendimento aos idosos. Tivemos também a Sociedade Assistencial Bandeirantes, que trabalha com saúde, através de hospital, e realiza atendimento a dependentes químicos, e a Santa Casa de Itapeva (R$ 100 mil), que faz um trabalho para toda a região sudoeste do nosso Estado”, disse o governador.

O prêmio da Sociedade Assistencial Bandeirantes foi recebido pelo diretor da instituição, João Antônio Aidar Coelho. A quantia servirá para a execução e melhorias nas atividades de terapia ocupacional e recreativa dos pacientes. 

Para concorrer aos sorteios mensais, o consumidor que pede a Nota Fiscal Paulista deve se cadastrar no portal do programa (www.nfp.fazenda.sp.gov.br) e aderir ao regulamento.




quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Mais de 250 profissionais orientam estudantes sobre o mercado de trabalho

Neste sábado (27), a partir das 13h30, o Colégio Singular e Singular-Anglo Vestibulares promoverão a 33ª edição do Encontro de Informação Profissional (EIP). Na ocasião, haverá uma programação diversificada, para que os vestibulandos encontrem informações necessárias para a melhor escolha da profissão e universidades, por meio de bate-papos com cerca de  250 profissionais de diversas áreas. A entrada é gratuita. O público estimado é de 5 mil estudantes da rede pública e privada.

Evento ocorre na  Rua Álvares de Azevedo, 222, no Centro, em Santo André | Foto: Divulgação 
Para complementar a ação, várias universidades públicas e particulares também marcarão presença no evento, assim será possível obter informações sobre datas dos processos seletivos, cursos, número de vagas e parcerias acadêmicas. 

Outra ação que merece destaque no evento são as orientações acadêmicas - com atendimento realizado por universitários - que abordarão como é a realidade do processo seletivo nas instituições, a rotina na graduação, atividades e estágios. O evento ainda promove palestras  voltadas aos pais e vestibulandos.

O Encontro Profissional ocorre na unidade do Colégio Singular, que fica na Rua Álvares de Azevedo, 222, no Centro, em Santo André.



quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Ana Gloria: Aidan amadureceu muito

Da Redação

Em continuidade às entrevistas com os principais personagens das eleições municipais da região do ABC paulista, isto é, os candidatos a prefeito e vice-prefeito, o Ponto Final entrevistou Ana Glória Silva, filiada ao Partido Social Democrata Cristão, candidata à vice-prefeita na chapa de Aidan Ravin (PSB), na cidade de Santo André.

Ana Glória é vice-prefeita na chapa do Aidan | Foto: Divulgação 


Ponto Final: Ana Gloria, quem é a senhora?

Ana Gloria: Eu sou médica ginecologista, sou formada em cirurgia geral também. Cursei e conclui o curso de Ciências da Computação, tenho MBA na FGV de Gestão de Negócios, com foco no terceiro setor. Tenho um MBA de Gestão de Comunicação em Mídias Digitais, no Senac.


PF: Com todas essas expertises, a ideia de participar da política é para colocar isso em prática tudo o que estudou e que pratica na medicina ou há outras intenções? 
AG: Politicamente a gente chegou numa situação social, que está insustentável. Ou a gente arregaça a manga e sai pra melhorar nossa rua, nossa cidade, o nosso estado, o nosso País e o nosso planeta. Eu achei que como eu já estou numa certa idade, depois que eu virei avó, eu comecei a ficar muito mais consciente do meu espaço e do espaço do próximo no planeta, eu acho que comecei a pensar mais politicamente. Eu acho que só tem uma forma de você ajudar a melhorar a sua cidade, o seu bairro e o seu País é estar inserida politicamente nesse contexto.

PF: A senhora acredita que a participação política é fundamental para isso, para a transformação?
AG: Sim. Se Deus deu o privilégio de você ter mais condições intelectuais e teve oportunidade de estudar, de melhorar como ser humano. Tem alguns que estudam, mas não melhoram. Mas se você pode melhorar com ser humano, você tem que ajudar o próximo, nós estamos falando de Pirâmide de Maslow, né. Na ponta da pirâmide, quando você já obteve todas aquelas coisas de sobrevivência, todas aquelas outras, você chega num ponto e você fala: ‘bom, mas e aí? O que eu posso fazer pelo próximo?’. Porque quando você melhora a vida do próximo, você melhora a sua também.

PF: É o efeito bumerangue?
AG: É, exatamente isso.

PF: E na Pirâmide de Maslow, a maioria da população hoje de Santo André está em qual setor da pirâmide?
AG:Acho que está no da sobrevivência, acho que o País está numa situação muito difícil.

PF: A senhora atribui esta situação difícil do País a quê?
AG: A má gestão política, principalmente, a corrupção. Acho que as perdas em corrupção são muito grandes e falta dinheiro para investir em saúde de base, educação de base.

PF: A senhora acha que é só corrupção? E sonegação? 
AG:A sonegação vem da má gestão, as coisas estão interligadas, porque muitas vezes a sonegação vem das maiores empresas. E essas maiores empresas estão envolvidas com corrupção, com o poder público, então, elas se interlaçam.

PF: Por que a senhora decidiu aceitar o cargo de vice-prefeita, e, repito, com toda essa expertise e conhecimento e não ser candidata a prefeita para colocar essas ideias mais intensamente?
AG: Porque o Aidan veio com uma proposta de programa de governo que batia com o que eu pensava, que vinha ao encontro com aquilo que eu queria para Santo André. Aí nós fomos montando juntos, construindo um relacionamento, eu achei que esse caminho – nós dois juntos – a gente faz melhor, em três melhor ainda e com a população toda melhor ainda. Então, é somar expertise, somar vontade política e somar projetos. Esse negócio de dividir para mim não é, eu acho que é melhor somar. Às vezes, a gente tem que dividir para conquistar, mas dividir trabalho e somar ideias.

PF: E por que somar com o Aidan e não com outro?
AG: Exatamente porque o Aidan tem o perfil mais próximo do que eu acredito. Ele é médico, ele é humanitário como médico, ele sempre foi muito humanitário, assim, não é à toa, que ele tem 10.019 votos, foi o vereador mais votado de todo tempo, porque dentro dos hospitais, no dia a dia da vida, eu o conheci como ser humano.

PF: O que podemos esperar de novo num eventual governo Aidan, com a Glória?
AG: O Aidan amadureceu muito, eu acho que ele está preparado. Hoje, ele tem um projeto de governo inovador, nós fomos coordenadores, nós tivemos um grupo de gestores para coordenar o plano de governo de Aidan. Foi um plano de governo muito bem construído e visando, realmente, a melhora da cidade. Realmente, de forma estrutural.

PF: O que tem de novo este plano de governo?
AG: Ele é baseado na economia criativa, nos três pilares da economia criativa.

PF: Quais são?
AG: A economia criativa em si é você fazer com que as pequenas comunidades sejam autossustentáveis, então, é dar para a comunidade situações e ser parceiro, ser uma facilitador da melhora da vida dela naquela região, inseridas naquela região que elas estão, é você fazer uma saúde sustentável, onde a medicina preventiva é o foco, onde você reduz perdas e você faz mais com menos. Você aumenta os programas de assistencialismo preventivo na Saúde. E a educação integral, aonde a criança é realmente tratada como um serzinho, que vai ser preparado para o futuro, não fazer só uma inclusão digital e, sim, uma inclusão de lógica, computacional, ensinar a ela estar inserida no novo mercado de trabalho, que é um mercado tecnológico. Então, assim, a educação integral no nosso ver é a criança não vai ficar meio período na escola e depois ela vai para um ‘depósito’ de crianças como está acontecendo em várias cidades. A nossa ela vai ter todo um cuidado, porque o Aidan já foi cuidadoso nessa área, no governo dele anterior tinha inglês, tinha ballet, tinha taekwondo, tinha aula de computação, tinha projetos educacionais. Hoje, o Sabina está abandonado. O Sabina era um polo de educação, tinha a Educa Criança, era um projeto bonito que tinha dentro do governo do Aidan.

PF:E a participação da mulher como você vê num eventual governo do Aidan. Ela vai ter um grande protagonismo?
AG: Eu acho que além da nossa parceria de estar construindo ideias, durante esses anos que a gente tem de relacionamento, eu acho que ele chamou uma mulher também para a vice, porque ele queria contemplar, realmente, as mulheres andreenses. Ele queria que a mulher tivesse uma participação ativa e efetiva dentro do governo dele.

PF: Foi criada uma Secretaria de Mulheres aqui, você acha que essa secretaria se mantém?
AG: Sim, isso depende muito de como vai ser. Eu sei que com certeza a mulher vai ser contemplada, tanto que a primeira-dama Denise Ravin é uma pessoa muito ativa. Na gestão do Aidan, o Banco de Alimentos realmente ele funcionava, ele era eficaz e eficiente, hoje, o Banco de Alimentos está bem deficitário pelo que comentam.

PF:Em termos de gestão, a senhora acha que vai ser possível nesse ambiente de arrecadação baixa manter a estrutura de uma Prefeitura de Santo André, com quantos cargos comissionados?
AG: Eu acho que não, mas isso é... Todo o plano de governo do Aidan é otimizar os serviços públicos, fazendo mais com menos. Fazendo mais programas sociais, mais pela cidade, com menos custo, porque a gente já sabe que vai pegar uma Prefeitura bastante deficitária. 

PF: Isso é um impeditivo de fazer algo?
AG: Impeditivo de fazer, não. É mais uma força motriz pra gente se mobilizar.

PF:Queria que a senhora fizesse um panorama estadual político. Como vocês vão se inserir nesse ambiente político e no nacional?
AG: Eu acho que hoje está bem favorável, porque o Marcio França ele é vice-governador, mas ele tem a Secretaria de Tecnologia, que é uma coisa que vai ser um foco forte aqui em Santo André, nós já tínhamos o Parque Tecnológico, que foi todo trabalhado no governo do Aidan, depois ele ficou parado, ele não foi implantado, nem implementado no governo atual. Então, a gente quer dar muito foco para esta área do Parque Tecnológico.

PF: O Parque Tecnológico foi transferido para a Agência de Desenvolvimento, ele saiu da mão da Prefeitura.
AG: O Parque Tecnológico é uma coisa que, realmente, é um foco no governo do Aidan. É desenvolver a tecnologia do conhecimento, é desenvolver a produção de conhecimento, porque ela não é poluente.

PF: Você acha que produzir conhecimento vai necessariamente gerar renda?
AG: Claro.

PF:Na hora que você forma um engenheiro aqui, não necessariamente ele vai gerar impostos na cidade. Não concorda?
AG: Produção de conhecimento, que você exporta, que você vende, softwares, você vai fazer incubadoras e você vai criar seres aqui profissionais, que produzam. O que ele vai produzir? Vai produzir um parafuso, um prego, não ele vai produzir conhecimento, e nós vamos estar exportando, se Deus quiser. A Índia cresceu com isso, com a produção de conhecimento, hoje, a Índia exporta produção de softwares para o mundo inteiro.

PF: Como a senhora vê uma cidade como São Bernardo que tem dois deputados federais, vários estaduais e Santo André só tem um estadual?
AG: Eu acho que politicamente Santo André agora precisa criar novas lideranças políticas. E com essa característica mais humanitária, mais compartilhada, de governo compartilhado pro futuro. Novos políticos.

PF: A senhora considera que um prefeito e uma vice-prefeita têm obrigação de fomento de lideranças políticas?
AG: Eu acho que sim, se a gente quer deixar uma cidade melhor e projetos que sejam perpetuáveis para as próximas gerações.

PF: Como a senhora vê o País hoje e depois pós-votação do impeachment?
AG: O governo da Dilma se perdeu, perderam totalmente o foco para que foram eleitos, e o País chegou numa situação totalmente insustentável economicamente, financeiramente, moralmente e socialmente. Eu acho que tem que ter a transição, passar por vários períodos de transição até a gente chegar a ser um País decente. Um País que pensa nos seus cidadãos.

PF: E esse governo, do Temer, tem melhor capacidade então para gerir?
AG: Eu não posso avaliar se tem melhor capacidade, mas a gente tem que passar por este processo de transição. Porque um governo que ficou até há pouco tempo com outro governo que estava tudo entrelaçado, as ideias eram as mesmas, eu não posso dizer a você, se tem melhores ideias, mas é inevitável, tem que passar por um processo de transição, chegar à eleição.

PF: O que é este processo de transição? Por exemplo, uma reforma política a senhora acha que é necessária?
AG: Sim, com certeza.

PF: Como a senhora vê esta reforma política? Quais bases? Alguém falou aí de voto distrital, a senhora acha que voto distrital é uma das soluções?
AG: É uma das soluções, eu acho que maiores punições para a corrupção, acho que a aprovação dessas leis, essas emendas que estão fazendo anticorrupção são importantíssimas. A população pede isso, a população quer isso. O Moro – não ele propriamente – dar fortalecimento para o Judiciário, para realmente punições.

PF: A senhora acha que o sistema político nosso é adequado ao País o presidencialismo do jeito que ele está ou o parlamentarismo é uma saída?
AG: Eu gosto do parlamentarismo, mas eu acho que, por enquanto, nós vamos ter que ter períodos de transição. Você não pode mudar tudo de uma vez, se não você cria a anarquia.

PF: Nós temos que ser radicais quanto a corrupção?
AG: Isso nós temos que ser muito radicais. Em relação às transições, eu acho que vai ser inevitável, vai ser uma coisa meio que natural, quando você muda e é radical contra a corrupção, as coisas vão mudando naturalmente.

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Espaço aberto a todos os candidatos aos cargos eletivos de 2016. Interessados em apresentar suas ideias e propostas aos leitores do Ponto Final escrevam para redacao@pfinal.com.br


Diretor da Yoki garante que empresa ficará em São Bernardo do Campo

Da Redação

Em visita às instalações da Yoki hoje (24), em São Bernardo do Campo, o prefeito Luiz Marinho recebeu do diretor de Relações Externas, Luiz Carlos Lozio, a garantia de que a empresa não encerrará as atividades na cidade. A matriz está situada no Bairro Demarchi e emprega 760 funcionários, distribuídos na planta piloto, onde são desenvolvidos novos produtos, escritório e área comercial.

Lozio afirma que a informação de que a unidade de São Bernardo do Campo seria fechada não procede. “O que fizemos foi transferir para outra unidade a produção de farofa, salgados e sobremesas. A matriz permanecerá aqui. É aqui que recolhemos os impostos federais”, esclarece.

Marinho (esquerda) visitou as instalações da Yoki hoje (24) | Foto: Raquel Toth
Luiz Marinho também lamentou os boatos de que a empresa estaria encerrando as atividades no município. “É uma injustiça com a empresa, que emprega dezenas de trabalhadores. Mas isso é coisa de gente que trabalha contra a cidade. Andam inventando por aí que outras empresas também deixaram o município.”

A Yoki está em São Bernardo do Campo desde 1960 e emprega, de acordo com Luiz Carlos Lozio, 5.300 pessoas em suas sete unidades; São Bernardo do Campo, Nova Prata (RS), Paranavaí e Cambará (PA), Pouso Alegre (MG), Campo Novo dos Parecis (MT) e Jaboatão  (PE).
Em 2012 a Yoki foi adquirida pela General Mills, empresa americana com sede em Minneapolis e que produz alimentos nas áreas de congelados, cereais, iogurtes, massas, sopas e sorvetes. A Yoki, por sua vez, produz, entre outros alimentos, farofa, bebida de soja, bolos, molhos e condimentos, pipoca, fermento em pó, salgadinhos e refrescos.


Aposentados e pensionistas recebem a primeira parcela do 13º a partir de amanhã

Da Redação 

A partir de amanhã (25) e até 8 de setembro, os beneficiários do INSS receberão a primeira parcela do 13º salário, junto com o pagamento referente a agosto. No Estado de São Paulo, o total de pagamentos dessa parcela corresponde a R$ 5,1 bilhões, que serão pagos a 6,7 milhões de aposentados, pensionistas e outros beneficiários. No ABC, são exatamente 482.883 beneficiários que receberão mais R$ 400 milhões, no total. A data do crédito é definida com base no valor da aposentadoria, da pensão ou do auxílio e também pelo número final do benefício.

Quem tem direito

Além dos aposentados e pensionistas, as pessoas que recebem benefícios temporários como o auxílio-doença também têm direito ao 13º. Nesse caso, o valor é proporcional ao período em que a pessoa estiver recebendo o auxílio. Apenas não tem direito ao 13º salário quem recebe benefício assistencial. 

O valor da primeira parcela do 13º, para a maioria dos beneficiários, equivale a 50% do rendimento mensal. A exceção é para quem teve o benefício iniciado depois de janeiro deste ano. Nesse caso, a parcela do 13º é proporcional. 

O desconto do imposto de renda não vai ser feito nesta primeira parcela e sim no fim do ano, quando será paga a segunda parte do 13º. O beneficiário do INSS pode verificar seu extrato de pagamento, com o valor do benefício e da parcela do 13º, no portal da previdência

Datas de pagamento:

Data de pagamento
25/8
26/8
29/8
30/8
31/8
1/9
2/9
5/9
6/9
8/9
N.º final do benefício
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0

Data de pagamento
1/9
2/9
5/9
6/9
8/9
N.º final do benefício
1 e 6
2 e 7
3 e 8
4 e 9
5 e 0



McDia Feliz no ABC garantirá mais de 16,5 mil hospedagens de pacientes em tratamento de câncer

Da Redação

Para que diversas crianças e adolescentes possam iniciar ou dar continuidade ao tratamento contra o câncer, a Associação Projeto Crescer do ABC, administradora da Casa Ronald McDonald ABC, por meio de voluntários do Rotary Club Santo André, participará neste sábado (27) do McDia Feliz 2016. 

Vale ressaltar que a Casa Ronald ABC somente será beneficiada com a venda dos tíquetes antecipados adquiridos na região do ABC e pelas aquisições do lanche  Big Mac realizadas em um dos 31 restaurantes localizados nas sete cidades. 

Neste ano toda a verba arrecadada será investida no projeto de sustentabilidade na Casa, que envolve o fornecimento de refeições, hospedagens e atendimentos psicossociais aos pacientes e acompanhantes, além de atendimentos no sistema Casa Dia. Mensalmente são fornecidas cerca de 7,5 mil refeições, além de aproximadamente 1,7 mil hospedagens.

A ação ocorrerá neste sábado (27) | Foto: Divulgação

Somente o valor adquirido com o McDia Feliz não é o suficiente para custear o dia a dia da instituição e para complementar a renda, periodicamente são realizados outros eventos como bazares beneficentes e diversas campanhas.

Segundo o presidente da instituição, Nelson Tadeu Pereira, diante dos altos custos que envolvem a manutenção da Casa, o ideal é que a arrecadação seja próximo ao valor de R$ 700 mil, superando a última edição do evento. “Para atingir essa meta, contamos com o apoio e empenho de toda a sociedade, pois somente assim será possível continuar elevando os índices de cura do câncer infanto-juvenil, que atualmente chega a 80%, quando há 10 anos era somente de 30%”, revela.

Além de investir na Sustentabilidade na Casa, também existem projetos para a retomada do Diagnóstico Precoce – que visa detectar possíveis casos de câncer ainda no seu estágio inicial e do Apoio na Casa – que tem a finalidade de acompanhar as crianças e adolescentes em tratamento, em suas próprias residências. 

Abertura

A abertura oficial da 28ª edição do McDia Feliz no Grande ABC será às 9h no estacionamento da Fundação ABC (FUABC) em frente à Casa Ronald McDonald ABC e a cerimônia será conduzida por Nelson Tadeu.

Após a abertura, os diretores e conselheiros da Casa Ronald McDonald ABC visitarão os restaurantes da região do ABC e os voluntários dos Rotarys e Rotaracts da região, Redes Femininas de Combate ao Câncer, Lions Clube Santo André Centro e Jardim serão os responsáveis por promover diversas atrações de recreação e entretenimento nos 31 restaurantes. 

Na Casa Ronald McDonald ABC, as atividades estarão a cargo dos voluntários da AVCC, ABC do Bem, Sopro da Alegria e UEB-Escoteiros. São esperados cerca de 150 convidados, que serão recepcionados sob o tema circo e contarão com inúmeras atividades como o SPA Home Hair Cabeleireiro – Michele Diniz; atividades dos escoteiros; dança de salão; grupo Kiendaiko  - divulgação da cultura japonesa, além da presença do McAmigo Gustavo Nery, do personagem Ronald McDonald e do grupo de motociclistas Bodes do Asfalto. 

Neste ano o evento também conta com o apoio da dupla Marcos & Belutti, além de empresas como ACISA – Associação Comercial e Industrial de Santo André, Real Food Alimentação, Própharmacos Farmácia e Manipulação, Aliança Francesa, ASPR – Auditores Independentes, Bemis, Cabot Brasil, Colégio Eduardo Gomes, Cyrela Comercial Properties, Finder Componentes, GM, MAS – Construtora, Pirelli, Regran – Sindicato do Comércio Varejista e Derivado do Petróleo do ABC, Sincodiv - Sindicato dos Concessionários e Distribuidores no Estado de São Paulo  e Toyota do Brasil. A Casa está localizada na Avenida Príncipe de Gales, 821 – Santo André.



Livro mostra como a matemática pode promover a inclusão social

Da Redação

Na manhã de hoje (24), a professora Renata Meneghetti, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, lançou o livro Educação Matemática no contexto da Economia Solidária, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano. 

Renata coordena o grupo de pesquisa em Educação e Matemática Solidária | Foto: Divulgação 
A publicação aborda questões como: O que é economia solidária? O que é etnomatemática? Como a matemática pode ajudar a promover a inclusão social? Além de mostrar alternativas para ensinar e aprender matemática. 

"Economia solidária é uma forma diferente de gerar renda, pautada nos princípios da cooperação, solidariedade e autogestão”, explica Renata, que coordena o grupo de pesquisa em Educação e Matemática Solidária (EduMatEcoSol) do ICMC e atua em parceria com o Núcleo Multidisciplinar e Integrado de Estudos, Formação e Intervenção em Economia Solidária (NuMI-EcoSol) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Etnomatemática

Entre os conceitos apresentados no livro está a etnomatemática, que é uma forma de ver a matemática considerando as condições econômicas, sociais e culturais do contexto no qual essa ciência está inserida. Nesse sentido, a matemática vivenciada pelos indígenas, pela dona de casa, pela costureira, pelo empresário é distinta em função das diferentes realidades em que essas pessoas vivem. 

"A etnomatemática é motivada pela busca do entendimento do saber e fazer matemática no transcorrer da história da humanidade, que muda constantemente. Levando essas transformações em conta, é possível deixarmos a matemática mais interessante para ser ensinada e aprendida", afirma a docente. 

O livro também apresenta uma discussão teórica, no contexto da economia solidária, sobre etnomatemática, resolução de problemas, aprendizagem significativa, educação não formal e educação de jovens e adultos. Lançada pela editora Appris, a obra conta com um prefácio do professor Ubiratan D’Ambrosio, matemático brasileiro reconhecido internacionalmente que propôs o programa etnomatemática.



terça-feira, 23 de agosto de 2016

São Pedro Adventure tem início no sábado

Por Patrícia Chemin, Assimptur

A edição 2016 do São Pedro Adventure vai acontecer em cinco fins de semana a partir do próximo sábado, dia 27 de agosto, com competições que devem envolver 1.500 atletas. Serão realizadas provas de drift trike, motocross, triatlo, duatlo e aquathlon, mountain bike, voo livre, downhill e longboard, além de três novidades deste ano: prova de três tambores, MMA e corrida kids.


A secretária de Turismo, Cultura, Esportes e Lazer de São Pedro, Clarissa Quiararia, contou que o evento teve início em 2013, após a Prefeitura ser procurada pelo Rotary Club com objetivo de realizar um evento que reunisse esportes de aventura. Na primeira edição foram realizadas provas em três modalidades, com participação de 400 atletas. “Os objetivos incluem o despertar do interesse pelas modalidades, a consolidação da vocação da cidade para o turismo de aventura e o estímulo à indústria do turismo regional”, disse a secretária.

Para esta edição também estão programadas várias atividades abertas ao público, como o evento chamado de Aventura no Parque, agendado para os dias 10 e 11 de setembro no Parque Maria Angélica, com atividades como paredão, escalada, rapel, slack line e stand up paddle, todos gratuitos.

A abertura, no dia 27 de agosto, a partir das 20h30 na Praça Matriz, vai reunir várias atrações como amostras das competições que serão realizadas ao longo do evento e atividades abertas ao público, além de show ao vivo com músicos de São Pedro.

O São Pedro Adventure conta com o apoio da CBSK (Confederação Brasileira de Skate), APDLS (Associação Paulista de Downhill e Longboard Skate), da FPC (Fedração Paulista de Ciclismo), da ABP (Associação Brasileira de Parapente) e de membros de instituições e empresas ligadas aos esportes.

Realizado pela Prefeitura de São Pedro, por meio da Secretaria de Turismo, Cultura, Esportes e Lazer, em parceria com o Rotary Club de São Pedro, já entrou para o calendário anual da estância e vem se consolidando como um dos maiores eventos de aventura no Brasil.

DRIFT TRIKE – O 4º GP do Querosene Drift Trike vai abrir as competições do São Pedro Adventure. Os treinos e provas serão realizados nos dias 27, das 13h30 às 17h30, e 28, das 8h às 18h, na Serra do Querosene.

O drift trike é considerado uma evolução do carrinho de rolemã misturada a uma bicicleta BMX. As provas acontecem em ladeiras com várias curvas e a Serra do Querosene ganhou fama entre os praticantes do esporte pelas suas peculiaridades.

A competição será uma etapa da Nacional Drift Trike e vai reunir pilotos de vários estados, como São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo. Também está confirmada a participação de um piloto colombiano.

Outras informações sobre o evento podem ser obtidas na Secretaria de Turismo, Cultura, Esportes e Lazer, pelo telefone (19) 3481-9269 ou na página do São Pedro Adventure no Facebook:

Contra a Dengue, Metra distribuirá sementes de planta

Por Adamo Bazani

O total de casos de Dengue, Chikungunya e Zika, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, ainda é muito grande e preocupa.

De acordo com o mais recente balanço do Ministério da Saúde, no primeiro semestre de 2016, foram mais de 830 mil casos prováveis de dengue, 161 mil de Zika e 39 mil de Chikungunya.


Além de os cuidados básicos para evitar a proliferação do mosquito, como eliminar focos com água parada, uma das armas de combate à Dengue, Chikungunya e Zika vem da própria natureza. E os passageiros e moradores próximos dos terminais de ônibus e trólebus operados pela Metra no ABC Paulista e Capital poderão contar com esta “arma natural” contra o Aedes aegypti.

Na manhã deste domingo, 28 de agosto, na edição de 2016, do “Dia de Fazer a Diferença”, a Metra, operadora do Corredor Metropolitano ABD, vai distribuir milhares de sementes da planta Crotalária.

As flores amarelas da Crotalária atraem um tipo de libélula que se alimenta do mosquito Aedes Aegypti.

A distribuição neste domingo ocorre nos terminais Diadema, São Bernardo do Campo (Paço Municipal) e Santo André Oeste. Em São Bernardo, a comunidade do entorno do terminal também vai receber as sementes. Os demais terminais operados pela Metra, inclusive no Jabaquara, na zona Sul da Capital Paulista, e em São Mateus, zona Leste, também receberão as sementes ao longo da semana.

A Metra também vai distribuir gratuitamente aos passageiros 500 mudas de plantas nativas da Mata Atlântica.

Neste ano, o tema do “Dia de Fazer a Diferença” na Metra é “Plantando para as presentes e futuras gerações. Transporte limpo e qualidade de vida!”

Além de incentivar o combate à Dengue, Chikungunya e Zika, a ação visa estimular o hábito da população de plantar árvores e vegetações em geral, melhorando assim o meio ambiente e a qualidade de vida.

O “Dia de Fazer a Diferença” ocorre todos os anos de forma simultânea em diversas cidades do mundo, onde milhares de pessoas se unem por meio de trabalhos voluntários e realizam atividades comunitárias e ações sociais e ambientais para a melhoria da qualidade de vida nas comunidades envolvidas.

A Metra participa do “Dia de Fazer a Diferença” desde 2008. Entre as ações ambientais e sociais, estão o plantio de mais de 10 mil árvores no Corredor Verde (ao longo do trajeto dos ônibus e trólebus), incentivo à reciclagem de resíduos e doação de alimentos para instituições sociais, sempre contando com a participação e o trabalho de centenas de voluntários.

O objetivo não é desenvolver ações por um dia, mas criar uma cultura de solidariedade e respeito ao próximo e ao meio ambiente.