segunda-feira, 3 de julho de 2017

Fundação firma parceria com instituição americana

Por Vitor Lima

A Fundação Santo André (FSA) anunciou, no último dia 23, a assinatura de um protocolo de intenções com a universidade Montgomery County Community College, dos Estados Unidos, para firmar convênio que permitirá aos alunos das duas instituições obterem diplomas reconhecidos nos dois países. 

Presente na cerimônia de anúncio, a reitora da FSA, Leila Modanez, destaca que a parceria será um “diferencial enorme” da instituição, além de ser “pioneira na região”. A Montgomery foi fundada em 1964, fica na cidade de Philadelphia, conta com aproximadamente 30 mil alunos e oferece mais de 100 programas em 44 áreas de estudo. 

Anúncio da parceria foi feito no último dia 24 | Foto: Ricardo Trida/PSA

Os alunos que optarem por fazer parte do programa, intitulado Duplo Diploma, poderão ter acesso ao sistema de ensino americano presencialmente ou à distância. Os estudantes que ingressarem na universidade neste segundo semestre nos cursos de Tecnologia em Gestão (da Qualidade, Financeira, de Recursos Humanos e de Tecnologia da Informação) já podem fazer parte do projeto – a ideia é que o programa avance e chegue a todos os cursos. Os discentes que optarem por seguir no programa pagarão mensalidades mais caras – a reitora explica que estudos estão sendo feitos para definir qual seria o valor agregado na mensalidade dos alunos. 

De acordo com o prefeito de Santo André, Paulo Serra, a parceria com a instituição americana é um importante passo para a reestruturação da Fundação, que passa por uma gravíssima crise financeira. “A Fundação Santo André sempre foi uma referência de qualidade na Educação e esse passo que está sendo dado hoje é justamente um atrativo muito grande para a gente trazer novamente a quantidade de alunos que a Fundação já teve e tem tudo para voltar a ter”, afirma. 

O convênio com a Montgomery é o primeiro fruto do recém-criado Instituto de Apoio à Fundação Santo André, órgão elaborado especialmente para ajudar a FSA a superar o difícil momento financeiro. A criação do instituto já estava sendo discutida há algum tempo e foi formalizada no início de junho. Como o instituto é um órgão independente da universidade, ele se livra de diversas “amarras” em que a Fundação esbarra. 

As pendências da FSA impedem que a instituição preste serviços às Prefeituras, por exemplo, o que inviabiliza que a universidade organize concursos públicos como antigamente – esse justamente é um dos objetivos do instituto. Além de focar nos concursos, a entidade recém-criada deverá participar de diversos outros projetos, como cursos livres, de pós-graduação, projetos científicos e de pesquisa.

O presidente do instituto, Sérgio Munhoz, detalha como as ações do órgão beneficiarão a universidade: “(Os projetos) geram (valores) para o instituto e o instituto estatutariamente tem que repassar uma parte disso para a Fundação, no mínimo de 15%, mas não tem limite superior. É uma receita extra para a Fundação”, revela.



Nenhum comentário:

Postar um comentário